quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Fenprof vai avançar com queixa contra agentes policiais

O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, garantiu hoje que esta estrutura vai avançar com uma queixa contra a atuação policial na concentração de terça-feira em frente à residência do primeiro-ministro, que resultou na detenção de dois sindicalistas.
No final de uma audiência com o candidato presidencial Francisco Lopes, Mário Nogueira garantiu que a Fenprof vai avançar com uma queixa contra os agentes policiais, criticando que o dirigente desta estrutura sindical Marco Rosa -- um dos dois detidos -- tenha sido algemado.
"É inaceitável que um cidadão que se deslocava para casa fosse algemado como um bandido. Isso não pode acontecer e terá as consequências jurídicas naturais, não iremos ficar quietos nem calados", referiu o responsável.
Mário Nogueira considerou que o que se passou terça-feira "é muito preocupante no plano democrático": "Revela bem como a democracia em Portugal -- nomeadamente nos últimos tempos com governo e este Presidente da República - tem vindo a degradar-se.
O representante dos professores afirmou também que "a maior parte dos polícias retira o crachá" com o nome, em situações como estas, atitude que condenou.
Os agentes "estão num serviço público e todo o cidadão tem o direito de identificar a pessoa por quem é atendido, neste caso, atendido à bastonada", disse, acrescentando que o elemento que algemou o dirigente da Fenprof "estava identificado".
Os dois dirigentes sindicais detidos na terça-feira participavam numa concentração que juntou cerca de 150 pessoas frente à residente do primeiro-ministro em protesto contra os cortes salariais, que terminou com confrontos entre manifestantes e agentes policiais.

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