sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Caso BPN, Parte II

O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou esta sexta-feira que o Governo deu indicação para que todas as pessoas que tiveram algum benefício resultante da "gestão danosa do BPN" sejam alvo de acções judiciais de carácter cível.
"O Ministério Público está a fazer aquilo que deve para que, do ponto de vista criminal, possa agir-se sobre as pessoas, mas a orientações que nós demos foi no sentido de agir também civilmente sobre todas as pessoas que possam ter tido algum benefício resultante da gestão danosa do BPN", afirmou Sócrates no debate quinzenal no Parlamento.
O primeiro-ministro falava durante uma resposta à intervenção do líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, que falou sobre o BPN e o BPP.
Louçã insistiu nas críticas às medidas para o BPN, sublinhando que "o banco continua falido" e que a solução do Governo foi criar três empresas com os activos do banco, sendo "um banco tóxico que tem pelo menos 2 mil milhões de euros de créditos mal parados e incobráveis, ou seja, dívida que os contribuintes vão pagar porque ninguém vai comprar esse banco".
"Quero que me dê a garantia de que a venda dessas empresas protege o contribuinte desta alteração do défice orçamental de dois por cento", pediu.
Sócrates respondeu que o Governo quer vender o banco para recuperar dinheiro e diminuir custos para o contribuinte, argumentando que seria "absolutamente infantil pretender que alguém, algum dia, compraria aquele banco naquelas circunstâncias".

Nenhum comentário: